BENFICA

Última hora: Orkun Kokçu revoltado arrasa Roger Schmidt e a equipa do Benfica (vídeo)

Orkun Kokçu, o médio internacional turco que se transferiu para o Benfica no início desta temporada, expressou a sua frustração pela falta de protagonismo e reconhecimento no clube lisboeta. Numa entrevista reveladora ao jornal neerlandês De Telegraaf, Kokçu criticou abertamente a gestão do treinador Roger Schmidt e pediu uma reavaliação do seu papel dentro da equipa.

Contratado por 25 milhões de euros, tornando-se a maior aquisição na história do futebol português, Kokçu esperava um impacto imediato no seu novo clube. Contudo, o jogador sente que não tem sido devidamente valorizado, nem pela direção nem pelo técnico, especialmente ao comparar a sua situação com a forma como outros jogadores são promovidos e reconhecidos nos seus clubes.

“Desde o início, nunca me fizeram sentir importante. Nem pelo treinador“, desabafou Kokçu, acrescentando que talvez tenha sido “modesto demais” na abordagem com o treinador sobre o papel que esperava desempenhar na equipa.

A frustração do médio não se limita apenas à sua apresentação ou reconhecimento, mas estende-se também ao campo de jogo. Segundo Kokçu, Roger Schmidt não tem aproveitado suas principais qualidades, confinando-o a tarefas defensivas que limitam sua eficácia e criatividade. O jogador, sublinhou a sua capacidade de encontrar soluções em campo e a sua visão de jogo como pontos fortes.

“[Schmidt disse] Que teria uma função semelhante à que tinha no Feyenoord, onde defini as linhas de passe e os rumos do campo e sempre quis jogar para a frente. Mesmo que eu tivesse de perseguir e derrubar toda a defesa do adversário. Eu seria um jogador importante para ele, o clube também me disse o mesmo. O treinador não precisou de falar muito sobre o que pretendia de mim. Pareceu-me bastante lógico como deveria jogar no Benfica. Eu senti mais: ele [Schmidt] sempre me viu nos Países Baixos, joguei ótimas partidas contra ele, ‘saberá o que fazer com minhas qualidades’, pensei“, afirmou.

“Sou um tipo de jogador de futebol mais eficiente para uma equipa se me derem liberdade. Quero dar muito mais à equipa. Na temporada do campeonato com o Feyenoord e em todos os jogos europeus com o Feyenoord estive melhor. Mesmo durante o Ramadão, como agora. Isso não me afeta. Schmidt prende-me demasiado a todo o tipo de tarefas [defensivas]. E isso não é necessário se quiseres mesmo rentabilizar as minhas qualidades. Eu consigo encontrar soluções no campo, penso à frente, sou conhecido pelo meu passe em progressão. Mesmo esta época, a estatística sublinha isso mesmo. Ainda posso significar muito mais para o Benfica, talvez seja aí que reside uma parte da minha frustração“, acrescentou.

Kokçu também relembrou os elogios recebidos no passado, destacando-se como Jogador de Futebol do Ano em 2023, eleito por ícones holandeses do futebol. Esta distinção, para ele, serve de lembrete do seu valor e potencial, que acredita não estar a ser totalmente explorado no Benfica.

A adaptação à vida em Portugal também foi um desafio para Kokçu, especialmente devido à barreira da língua. No entanto, ele mantém-se focado em provar o seu valor em campo, esperando estabelecer uma ligação com os adeptos do Benfica semelhante à que tinha com os do Feyenoord, onde era celebrado pela sua capacidade de impulsionar a equipa.

Resta agora aguardar para ver se este desabafo levará a mudanças na utilização do jogador turco nos planos de Schmidt e se Kokçu conseguirá, finalmente, mostrar todo o seu potencial e valor para as águias.

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